Notícias do setor
01/04/2022
Notícias do Setor

Mercados operam de olho em impactos da guerra no petróleo e dados de emprego nos EUA

No Brasil, dados do setor de indústria são destaque

Priscila Yazbek da CNN - Em São Paulo - 01/04/2022 às 10:14 | Atualizado 01/04/2022 às 10:19

Os mercados globais operam na manhã desta sexta-feira (1º) com mercados de olho nos impactos da guerra no petróleo e nos dados de emprego nos Estados Unidos.

Começando pelo exterior, os futuros americanos abriram o dia em alta na expectativa do payroll. O relatório de emprego foi divulgado às 9h30, e mostrou que foram criadas 431 mil vagas em março, ante expectativa de 490 mil. E a taxa de desemprego caiu para 3,6%, abaixo das expectativas do mercado, de 3,7%. Já os salários subiram 5,6% ante março de 2021.

Segundo Nicolas Borsai, economista-chefe da Nova Futura, os dados mostram que a economia americana está forte e que o aumento dos salários pode pressionar a inflação.

Portanto, os dados podem elevar expectativa de alta dos juros americanos e afetar negativamente as bolsas.

A Casa Branca confirmou ontem que vai liberar 1 milhão de barris de petróleo por dia nos próximos 6 meses. Ao todo serão liberados 180 milhões de barris da reserva de 568 milhões, a maior redução da reserva emergencial do país.

O anúncio fez o petróleo recuar 6% ontem e fechar abaixo dos US$ 105. Hoje investidores monitoram reunião da Agência Internacional de Energia (AIE) para discutir uma nova liberação de reservas de petróleo na esteira dos Estados Unidos.

O petróleo segue caindo hoje, para US$ 103, com a Rússia mantendo fornecimento de gás à Europa, mesmo diante do fato de que hoje termina o prazo estipulado por Putin para compra do gás russo em rublos.

Investidores também monitoram as negociações pela paz entre a Rússia e a Ucrânia, que foram retomadas nesta sexta-feira. O presidente ucraniano disse que há pouco otimismo sobre a nova tentativa de diálogo.

Na Europa, os índices sobem seguindo Nova York. Na Ásia, as bolsas fecharam mistas. Duas incorporadoras não divulgaram seus balanços, gerando um novo temor sobre crise no setor imobiliário chinês.

Brasil

No Brasil, o Ibovespa fechou o mês de março com alta de 6% em meio ao fluxo de investimentos estrangeiros para commodities. Hoje, o Ibovespa pode ter alguma correção com a queda do petróleo e outras matérias-primas. A perspectiva de alta dos juros americanos também pode tirar atratividade dos países emergentes.

Na política, o presidente Jair Bolsonaro decidiu manter por mais 30 dias o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em 25% em vez de aumentar para 33%. E, para bancar o REFIS (parcelamento de dívidas tributárias) dos pequenos negócios, o governo estuda aumentar a tributação de bancos. A repercussão da notícia pode afetar as ações de bancos nas negociações de hoje.

Investidores também ficam de olho na mobilização de servidores do Banco Central (BC).

Segundo o sindicato que representa os funcionários do BC, o Sinal Nacional, a adesão à greve é de 60 a 70% dos servidores. O sindicato disse que o sistema do Pix continuará funcionando, mas novos cadastros e a manutenção do sistema podem ser parcialmente afetados.

O Ibovespa futuro sobe 0,77% com 121.500 pontos. O dólar cai 0,98% sendo cotado aos R$ 4,71 e S&P futuro sobe 0,61%.

Agenda do Dia

Às 8h foi divulgado o IPC-S , que acelerou para 1,35% acumulando alta de 9,68% em 12 meses.

O IBGE divulgou às 9h o resultado da indústria. O setor cresceu 0,7% em fevereiro, puxado pela indústria extrativa acima da expectativa do mercado, que era de 0,3%.

Às tem PMI industrial e dados de balança comercial às 15h.

No exterior, além dos dados de emprego nos EUA, tem também dados de construção e PMI às 11h.

Esta foi a última edição do CNN Morning Call, mas você continua acompanhando a abertura do mercado e o resumo das notícias mais importantes da economia todos os dias dentro do CNN Money, que estreia na segunda-feira (4), às 6h15, com apresentação de Priscila Yazbek e Thais Herédia.

Saiba mais: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/mercados-operam-de-olho-em-impactos-da-guerra-no-petroleo-e-dado-de-emprego-nos-eua/?utm_source=social&utm_medium=facebook&utm_campaign=cnn-brasil&fbclid=IwAR0R_BWqlK-e1yTIb3cZCVJBXet8cin_XLuzX1YJgsHpujkW8SrEkD_alcs

 

Empresas da Bolsa lucram 235% mais em 2021

Após queda de 35% em ganhos em 2020, companhias de capital aberto recuperaram fôlego no ano passado: resultados somaram R$ 228 bi, acima do patamar pré-pandemia

Renée Pereira, O Estado de S.Paulo - 01 de abril de 2022 | 05h00

Depois de cair 35% em 2020 por causa dos efeitos da pandemia, o lucro das empresas listadas na B3 mais do que triplicou em 2021. Segundo dados da consultoria de informações financeiras Economatica, o ganho médio de um conjunto de 291 companhias abertas saltou de R$ 68 bilhões, em 2020, para R$ 228 bilhões, no ano passado – alta de 235%. O montante supera com folga o momento pré-crise, quando as empresas lucraram R$ 105 bilhões.

“Os valores foram muito significativos, com lucro e receitas crescentes no período.

Mesmo isolando 2020, que foi um ano ruim e que tem uma base fraca, o resultado é o dobro do verificado em 2019, antes do coronavírus”, diz o gerente de relação institucional e comercial da Economatica, Einar Rivero. Ao contrário de negócios de pequeno e médio porte que não conseguiram sobreviver à pandemia e fecharam as portas, as grandes companhias aprenderam com a crise e saíram fortalecidas.

Exemplo disso é o retorno sobre patrimônio (ROE), indicador que mede quanto uma empresa pode gerar de valor ao negócio e aos investidores com base nos recursos próprios. Em 2020, essa rentabilidade caiu de 12,08% para 7,02%. No ano passado, saltou para 20,49%. O resultado é reflexo de um avanço das receitas bem acima das despesas operacionais.

Enquanto as vendas líquidas cresceram 45,9% no ano passado, os gastos subiram 22,4%, segundo a Economatica. Nessa equação, o caixa avançou 12%, de R$ 483 bilhões para R$ 541 bilhões.

Eficiência

Na avaliação do economista VanDyck Silveira, presidente da Trevisan Escola de Negócios, as empresas fizeram uma limpeza em termos de eficiência dentro de suas organizações (mas não de produtividade). 

“Houve uma melhora nos gastos, nos estoques e na alocação de recursos, que agora aparece nos balanços”, diz o executivo. Segundo ele, a pandemia trouxe muitas mudanças para o mundo corporativo, como o home office, mas também resultou em demissões e substituição de mão de obra por maquinários e novas tecnologias. Quando há recontratação de pessoal, o salário é menor. Exemplo disso é que renda média do trabalhador brasileiro caiu quase 10% em um ano, e deve demorar a se recuperar. 

Além da maior eficiência das empresas, Silveira destaca que o resultado de 2021 também reflete o boom de commodities (petróleo e minerais). Embora o levantamento da Economatica não inclua Petrobras e Vale para não distorcer a média, muitas empresas ligadas a esses setores acabam abocanhando parte do aumento desses preços. Petróleo e mineração estão entre os dez setores que mais lucraram no ano passado.

Mas o campeão foi o de energia elétrica. Num ano de crise energética, em que o País quase viveu um novo racionamento, as empresas lucraram R$ 52,2 bilhões ante R$ 44,8 bilhões de 2020. Os números refletem, além de uma recuperação na demanda que caiu no primeiro ano da pandemia, a alta nos preços da energia, já que os aumentos são repassados para a tarifa dos consumidores.

Em relatório do Itaú BBA, os analistas afirmam que algumas empresas seriam beneficiadas pelos reajustes baseados no IGPM. No ano passado, o índice acumulou 17,78% de alta. Outro fator que ajudou as empresas a melhorar os resultados foram as reduções nas perdas e na inadimplência.

Além disso, com a necessidade de gerar energia para compensar a queda no volume de água dos reservatórios, algumas geradoras passaram a produzir energia térmica, mais cara. Em alguns casos, o preço era superior a R$ 2 mil o megawatt/hora (MWh).

Exceções

Segundo Einar Rivero, da Economatica, quase todos os setores registraram recuperação em 2021, exceto os segmentos de educação e Transporte e Serviços – este último inclui as companhias de aviação civil, que ainda sofrem os reflexos da pandemia e podem ter mais problemas por causa da alta no preço dos combustíveis. A Gol, por exemplo, teve prejuízo de R$ 7,2 bilhões em 2021; e a Azul, de R$ 4,7 bilhões.

Saiba mais: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,empresas-bolsa-lucram-235-mais-em-2021,70004025920

 

Antes tarde do que nunca

O Estado de S. Paulo - 01/04/2022

O governo que prometia arrecadar R$ 1 trilhão em privatizações na campanha eleitoral levou três anos e três meses, mas finalmente conseguiu vender sua primeira estatal.

Após uma longa disputa em leilão, a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) foi arrematada pelo fundo de investimento Shelf 199, gerido pela Quadra Capital. Foi a primeira vez que o modelo que associa a concessão dos serviços públicos à venda da estatal foi testado no setor portuário. O fundo deverá desembolsar R$ 106 milhões em bônus de outorga, valor que se soma aos R$ 326 milhões que serão desembolsados na aquisição das ações da empresa pública federal.

Saiba mais: https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,antes-tarde-do-que-nunca,70004025741

 

EDP inaugura SE em São José dos Campos

Com investimento de R$ 24 milhões, empreendimento beneficiará aproximadamente 72 mil pessoas

Da Agência CanalEnergia - 1 de abril de 2022

A EDP SP inaugurou na última quinta-feira, 31 de março, a Estação de Transformação de Energia Santa Luzia, no município de São José dos Campos. Com investimento de R$ 24 milhões, a subestação beneficiará aproximadamente 18 mil clientes, entre residências, comércios e indústrias, o que corresponde a cerca de 72 mil pessoas.

A cidade de São José dos Campos, que já contava com oito subestações e 595 MWA de capacidade de transformação instalada, tem agora seu sistema expandido em 7%, passando para 635 MVA, o que proporciona mais robustez e flexibilidade operacional a todo o município. Equipado com as últimas tecnologias relacionadas a eficiência, segurança e sustentabilidade, o empreendimento tem capacidade de 40 MVA e conta também com um sistema de acústica para evitar a propagação do som para o meio externo e transformadores de potência que utilizam óleo vegetal, mitigando impactos ao meio ambiente. A subestação é 100% digitalizada, com sua supervisão, comando, controle e proteção operados de forma remota.

De acordo com a companhia, para conectar a Estação Santa Luzia ao sistema da distribuidora, foi construída uma nova rede aérea com 22 km de extensão, com tecnologia de fiação compacta e protegida, mais resistente a agentes externos como vegetação, principal fator de interferência no sistema elétrico local. Neste percurso, foram implantados 730 postes e instaladas oito chaves de proteção e de manobras de carga, soluções que contribuem para limitar, de forma automatizada, a abrangência de possíveis ocorrências de interrupção no fornecimento de energia.

Saiba mais: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53206958/edp-inaugura-se-em-sao-jose-dos-campos

 

Neoenergia assina os Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU

Iniciativa ressalta compromisso da companhia com a igualdade de gênero

Da Agência CanalEnergia - 1 de abril de 2022

 A Neoenergia assinou a declaração de apoio aos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, na sigla em inglês). A iniciativa, promovida pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global, reforça o compromisso da companhia com a igualdade de gênero.

Os WEPs são um conjunto de princípios que orientam as empresas para a promoção da igualdade de gênero, baseados em padrões internacionais de direitos humanos e trabalhistas. Ao assinar a declaração, a companhia se compromete com sete premissas que incluem a formação de liderança corporativa voltada para a igualdade de gênero, o tratamento justo e não discriminatório e a garantia de saúde, segurança e bem-estar.

A companhia deve, ainda, promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres, além de apoiar o empreendedorismo feminino e promover a igualdade de gênero por meio de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social. A Neoenergia informou que já desenvolve ações para fortalecer a igualdade de gênero, representada no Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 5). A companhia tem estruturado ações internas como, por exemplo, a realização de processos seletivos mais inclusivos, a equidade de salários e a formação de lideranças para gestão da diversidade.

Saiba mais: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53206940/neoenergia-assina-os-principios-de-empoderamento-das-mulheres-da-onu

 

Lucro da Cemig cresce 31% e chega a R$ 3,7 bi em 2021

Estatal mineira apresentou os melhores resultados financeiros de sua história, reportando ebitda de R$ 8 bilhões e receita líquida de R$ 33,6 bilhões

Henrique Faerman, Da Agência CanalEnergia - 30 de março de 2022

O ano de 2021 representou os melhores resultados da história para a Cemig, que reportou lucro líquido de aproximadamente R$ 3,7 bilhões, crescimento de 31% em relação ao ano anterior. O ebitda atingiu R$ 8 bilhões, maior valor nominal já apurado e 40% maior do que o de 2020. Todos os dados e demonstrações financeiras e operacionais foram apresentadas pela companhia na última terça-feira, 29 de março.

A receita operacional liquida movimentou R$ 33,6 bilhões, subindo 33,4% na comparação anual. Outros recordes foram para a maior geração de caixa e o plano de investimentos da empresa, que prevê R$ 22,5 bilhões até 2025. Enquanto isso o custo com despesas aumentou 31,5% para R$ 28,2 bilhões.

O fornecimento de energia teve alta de 12% e a qualidade do serviço prestado pela distribuidora melhorou, ao conseguir reduzir o indicador de qualidade DEC para 9,46 horas. Já o crescimento na base de consumidores em relação a dezembro de 2020 registrou taxa de 2,2%, com aproximadamente 188 mil clientes adicionados, totalizando 8,9 milhões de unidades faturadas.

Em 2021 foram também intensificadas as ações de cobrança, com a obtenção de maior eficiência no combate a inadimplência e aprimoramento das regras de provisionamento, buscando maior alinhamento às boas práticas adotadas pelo mercado. Todas as ações contribuíram e o índice de arrecadação atingiu 98,66%, maior patamar em cinco anos.

As perdas totais reduziram e ficaram na média regulatória, somando 6.135 GWh.

O endividamento, medido pela relação dívida líquida/Lajida ajustado, é 1,2 vez, o que dá sustentação à implementação do programa de aportes para os próximos anos.

“Reduzimos a nossa exposição cambial, com a recompra de US$ 500 milhões dos bonds com vencimento previsto para 2024, o que contribuiu também para um melhor perfil da nossa dívida”, diz o documento publicado no site da companhia.

Sobre o último trimestre de 2021, o lucro líquido diminuiu 24,3%, atingindo R$ 963 milhões, enquanto o Ebitda ajustado subiu 30,4%, ficando em quase R$ 1,5 bilhão. A receita operacional líquida chegou a R$ 9,6 bilhões, 33% maior do que no mesmo período de 2020.

O presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, afirmou que os resultados são prova do fortalecimento pelo qual a empresa passa. “Mostram o fortalecimento em meio aos investimentos recordes e na gestão de passivos, com a recompra de US$ 500 milhões de títulos da dívida”, afirma Passanezi. Para este ano, a companhia almeja ampliar o valor dos recursos empreendidos no ano passado, alcançando R$ 3,97 bilhões.

No mercado de capitais, as ações preferenciais da Cemig registraram incremento de 11,7% em 2021, enquanto as ordinárias apresentaram a melhor rentabilidade entre os

papéis do setor elétrico, com alta de 37,2%. No mesmo período, a Ibovespa caiu 11,9%.

Além disso, atualmente, a estatal possui o melhor rating de sua história, segundo as agências de classificação de risco de crédito.

Saiba mais: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53206783/lucro-da-cemig-cresce-31-e-chega-a-r-37-bi-em-2021

Localização
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